A reunião, que durou cerca de 1h50, abordou questões como o diálogo entre Venezuela e Guiana, a paz e fim dos conflitos na Ucrânia e na Faixa de Gaza, bem como a criação de um Estado Palestino. O presidente Lula reiterou a necessidade de reforma dos organismos financeiros internacionais e do Conselho de Segurança da ONU, algo que tem sido destaque em seus discursos recentes.
Blinken, por sua vez, elogiou os temas escolhidos pelo Brasil para a cúpula do G20 no Rio de Janeiro, que incluem a reforma da governança global, combate à fome e à miséria, e transição energética. Além disso, foram discutidas parcerias trilaterais em agricultura, segurança alimentar e infraestrutura na África, bem como a urgência em abordar a questão da dívida externa em países africanos.
Outro ponto destacado foi o Fundo Amazônia, com Blinken informando que os Estados Unidos estudam um novo aporte para o fundo, embora sem divulgar detalhes sobre valores. Também foi tratada a cooperação na área ambiental, transição energética, fóruns empresariais e de infraestrutura.
Além disso, o secretário de Estado americano parabenizou o Brasil pela aprovação da reforma tributária, recuperação de políticas sociais e responsabilidade fiscal, e expressou o interesse dos EUA em aprofundar os laços econômicos e comerciais entre os dois países.
A visita de Blinken ao Brasil ocorre no contexto de uma crise diplomática entre Brasil e Israel, um dos principais aliados dos Estados Unidos. No domingo, Lula fez um paralelo entre a morte de palestinos e o extermínio de judeus perpetrado por Adolf Hitler durante o regime nazista, o que aumentou as tensões entre os dois países.
O encontro foi acompanhado pelo assessor especial, embaixador Celso Amorim, e pela embaixadora norte-americana no Brasil, Elizabeth Bagley. Lula também aproveitou a ocasião para registrar seu apreço pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, por sua postura em defesa da democracia e pelos esforços em prol dos trabalhadores americanos.