Lula e Blinken concordam sobre Estado Palestino em reunião no Palácio do Planalto durante visita do secretário de Estado dos EUA.



O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, se reuniram no Palácio do Planalto nesta quarta-feira, 21, para discutir uma série de assuntos ligados à geopolítica mundial. O encontro ocorreu no contexto da guerra no Oriente Médio em outubro de 2023, e ambos concordaram com a necessidade de criação de um Estado Palestino.

A reunião, que durou cerca de 1h50, abordou questões como o diálogo entre Venezuela e Guiana, a paz e fim dos conflitos na Ucrânia e na Faixa de Gaza, bem como a criação de um Estado Palestino. O presidente Lula reiterou a necessidade de reforma dos organismos financeiros internacionais e do Conselho de Segurança da ONU, algo que tem sido destaque em seus discursos recentes.

Blinken, por sua vez, elogiou os temas escolhidos pelo Brasil para a cúpula do G20 no Rio de Janeiro, que incluem a reforma da governança global, combate à fome e à miséria, e transição energética. Além disso, foram discutidas parcerias trilaterais em agricultura, segurança alimentar e infraestrutura na África, bem como a urgência em abordar a questão da dívida externa em países africanos.

Outro ponto destacado foi o Fundo Amazônia, com Blinken informando que os Estados Unidos estudam um novo aporte para o fundo, embora sem divulgar detalhes sobre valores. Também foi tratada a cooperação na área ambiental, transição energética, fóruns empresariais e de infraestrutura.

Além disso, o secretário de Estado americano parabenizou o Brasil pela aprovação da reforma tributária, recuperação de políticas sociais e responsabilidade fiscal, e expressou o interesse dos EUA em aprofundar os laços econômicos e comerciais entre os dois países.

A visita de Blinken ao Brasil ocorre no contexto de uma crise diplomática entre Brasil e Israel, um dos principais aliados dos Estados Unidos. No domingo, Lula fez um paralelo entre a morte de palestinos e o extermínio de judeus perpetrado por Adolf Hitler durante o regime nazista, o que aumentou as tensões entre os dois países.

O encontro foi acompanhado pelo assessor especial, embaixador Celso Amorim, e pela embaixadora norte-americana no Brasil, Elizabeth Bagley. Lula também aproveitou a ocasião para registrar seu apreço pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, por sua postura em defesa da democracia e pelos esforços em prol dos trabalhadores americanos.

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