O Financial Times observa que, apesar de Lula ter enfrentado problemas de saúde, incluindo uma cirurgia de emergência há um ano, essa questão não deve afetar substancialmente suas chances de reeleição. A expectativa é de que o presidente se fortaleça ao explorar a insatisfação com os altos impostos impostos durante a gestão de Donald Trump e os efeitos desastrosos das ações de alguns políticos conservadores, que pediram sanções do governo americano contra o Brasil por conta do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Essas ações, conforme a análise, acabaram virando uma estratégia autossabotadora, permitindo que Lula consolidasse apoio popular e mobilizasse a nação em torno de sua liderança. Além disso, o Financial Times menciona a possível candidatura de Flávio Bolsonaro, um cenário que adiciona complexidade à disputa política no Brasil.
As previsões do periódico não se restringem ao Brasil. O jornal também antecipa que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, resistirá a ceder qualquer parte do território de Donbas em negociações de paz com a Rússia. Outras previsões incluem a derrota dos republicanos nas eleições para o Congresso nos Estados Unidos em novembro e a expectativa de um arrefecimento da especulação em Inteligência Artificial nos mercados de ações, que culminaria em significativas perdas financeiras.
No ano anterior, o Financial Times demonstrou a acuidade de suas previsões, acertando 13 de um total de 20, incluindo a vitória de Donald Trump nas eleições americanas. A continuidade desse exercício de antecipação de eventos políticos se torna cada vez mais relevante em um cenário global repleto de incertezas e mudanças drásticas.
