O presidente argumentou que o combate ao crime organizado precisa ir além das periferias urbanas, onde as comunidades frequentemente sofrem com a violência. “Não podemos permitir que indígenas, ribeirinhos e moradores de comunidades sejam os únicos a arcar com os efeitos colaterais da criminalidade, enquanto aqueles com um maior poder econômico ficam impunes”, afirmou. Essa declaração evoca a urgência de tratar as raízes da criminalidade, que muitas vezes são alimentadas por desigualdades sociais.
O esquema investigado movimentava bilhões de reais em recursos provenientes do tráfico de drogas, indicando a profundidade do problema e a necessidade de ações efetivas que ataquem seu núcleo financeiro. Nesse contexto, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, também se pronunciou, buscando desassociar a operação de qualquer relacionamento direto com instituições financeiras ou fintechs. Em uma coletiva de imprensa, Galípolo sublinhou o papel dos prestadores de serviços de tecnologia da informação, que foram identificados como intermediários de transações suspeitas.
Ele anunciou a implementação de novas normas de governança e certificação que visam garantir uma maior transparência nas operações financeiras, enfatizando a importância de proteger o mercado regulado das fraudes e do envolvimento com atividades ilícitas. Essa abordagem reflete uma preocupação com a imagem das instituições e a necessidade de se estabelecer um claro delineamento entre os serviços legítimos e as práticas criminosas, visando fortalecer a confiança do público no sistema financeiro nacional. O cenário atual demanda ação coordenada e eficaz para enfrentar a complexidade do crime organizado e suas ramificações.