Lula fez referência ao histórico de invasões e intervenções que marcaram os últimos 500 anos da América Latina, ressaltando que apenas uma abordagem coletiva poderá proporcionar soluções eficazes. Ele destacou que o progresso individual dos países é insuficiente para resolver os problemas estruturais que afetam a região. Segundo o presidente, a lógica da integração deve ser acompanhada por um investimento significativo em infraestrutura. Neste sentido, chamou a atenção para a colaboração com a China, que, ao longo das últimas décadas, tem contribuído para a diminuição das desigualdades sociais na América Latina por meio de parcerias comerciais e investimentos.
Outro ponto de destaque na fala de Lula foi a defesa do multilateralismo e do livre comércio, que, segundo ele, são essenciais para que países em desenvolvimento formem bases sólidas para seu crescimento econômico. Essa mensagem ressoou particularmente em um momento em que as tensões comerciais globais se intensificaram, especialmente após a guerra tarifária iniciada pelos Estados Unidos contra a China. Lula reiterou que uma relação de intercâmbio equilibrado entre a América Latina e potências como a China pode oferecer novas oportunidades de crescimento.
O presidente Xi Jinping, em seu discurso, afirmou que o comércio entre a China e a América Latina superou a marca de US$ 500 bilhões, enfatizando a intenção do governo chinês de continuar a fortalecer essa parceria. Com isso, tanto Lula quanto Xi reafirmaram a importância de um futuro cooperativo e de um desenvolvimento sustentável para a região, o que promete fortalecer não apenas os laços comerciais, mas também os vínculos diplomáticos entre os países envolvidos.
