Durante a conversa, Lula traçou um paralelo alarmante entre a situação brasileira e a devastação vivida na Faixa de Gaza, ressaltando a gravidade da crise enfrentada pelo país. Ele foi enfático ao mencionar a eliminação de importantes ministérios, como o Trabalho, Igualdade Racial, Direitos Humanos e Cultura, durante o governo Bolsonaro, o que, segundo ele, contribuiu para a desarticulação das políticas públicas essenciais à sociedade.
O presidente não se esquivou de criticar a administração anterior, afirmando que Bolsonaro adotou uma postura de negação em relação à democracia, levando o país a um cenário que requer uma ampla reconstrução em múltiplas esferas. Essa afirmação reflete a urgência que Lula vê em reestabelecer políticas que promovam a inclusão e o respeito aos direitos fundamentais.
Além de discutir as questões internas do Brasil, Lula também abordou o contexto internacional, especialmente a situação em Gaza. Ele condenou as ações israelenses, descrevendo-as como genocídio, e manifestou a necessidade premente de uma reforma na Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com Lula, a ONU não pode continuar a operar com a mesma estrutura de 1945, sendo fundamental que o organismo se adapte às novas realidades e desafios globais.
As falas de Lula evidenciam não apenas a visão crítica sobre o legado da administração anterior, mas também a necessidade de um reposicionamento do Brasil no cenário internacional, pautado por um compromisso com a paz, a justiça social e os direitos humanos. Essa abordagem, segundo o presidente, é essencial para que o país retome seu papel de liderança e responsabilidade no mundo contemporâneo.