O presidente enfatizou que Anielle não tem intenção de disputar nenhum cargo em 2024, mas ressaltou que em 2026, quando haverá uma nova eleição, a situação pode ser diferente. Essa declaração vai de encontro às expectativas de alguns petistas, que viam Anielle como uma aposta pessoal de Lula e da primeira-dama Rosângela Silva, a Janja, para a disputa, mas encontravam resistência de membros influentes do partido no estado do Rio.
Durante o evento de filiação, estiveram presentes diversas figuras políticas importantes, como a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e o presidente da Embratur, Marcelo Freixo. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, ao discursar, relembrou o assassinato de sua irmã, a vereadora Marielle Franco, em 2018, e ressaltou a importância de não mudar para se encaixar na política.
Além disso, Lula aproveitou sua passagem pelo Rio de Janeiro para participar de uma série de compromissos, incluindo a entrega do Impa Tech, do Instituto de Matemática Pura e Aplicada, ao lado do prefeito Eduardo Paes. O presidente ressaltou a importância do investimento em educação para combater o negacionismo e as fake news, destacando o momento delicado que o Brasil vive.
Posteriormente, Lula seguiu para Niterói, onde demonstrou apoio ao pré-candidato à prefeitura Rodrigo Neves (PDT) e criticou o governo de Jair Bolsonaro, destacando que o país estava “desmontado”. O petista ressaltou a importância da governança e criticou a gestão anterior, enfatizando que é essencial investir em áreas como emprego, saúde e cultura.
Diante desse cenário político agitado, as eleições municipais no Rio de Janeiro prometem ser acirradas, com diferentes partidos e figuras públicas buscando espaço e apoio para suas candidaturas. E a decisão do presidente Lula em relação à composição da chapa em apoio a Eduardo Paes ainda está em aberto, aguardando possíveis desdobramentos nos próximos meses.
