No entanto, a proposta de isenção do IR não deve ser discutida no Congresso até que haja a troca do comando da Câmara e do Senado. Além disso, a equipe da Fazenda tentou convencer Lula da importância de cortar gastos para conter a valorização do dólar e o aumento da taxa Selic, mas o ex-presidente resistiu a essas medidas.
Lula deixou claro para Haddad que o governo não pretende avançar muito além do que já foi conquistado, mencionando a redução do reajuste do salário mínimo. Enquanto isso, Alexandre Padilha está em posição fragilizada e corre o risco de demissão, assim como seu colega da Secom, Paulo Pimenta.
Em meio a essas movimentações no governo, Sidônio Palmeira assumiu a Secretaria de Comunicação da Presidência com a missão de dar destaque para a economia verde e aproveitar a COP-30 para impulsionar a popularidade do governo. Lula pretende turbinar a comunicação este ano para consolidar uma marca até 2026, visando as eleições.
A posse de Sidônio deve ocorrer na próxima semana, evitando ser ofuscada pela cerimônia que marca o 8 de janeiro. Enquanto isso, o clima de incerteza paira sobre diversos cargos do governo, com demissões programadas e mudanças sendo implementadas em meio a tensões e disputas internas. Nesse cenário, a articulação política se mostra como um ponto sensível e crucial para o futuro do governo.