Durante seu discurso, Lula afirmou que “nenhum presidente de outro país tem que dar palpite de como vai ser a Venezuela ou como será Cuba”, destacando a importância do respeito à autodeterminação dos povos. Essa declaração surge em um contexto em que a Venezuela se vê cada vez mais ameaçada pela postura militar dos Estados Unidos na região. Recentemente, Donald Trump mencionou a possibilidade de operações terrestres da CIA na Venezuela, um anúncio que gerou alarme e reações enérgicas por parte do governo venezuelano. O presidente Nicolás Maduro, em resposta, afirmou que seu país “não quer um conflito no Caribe, nem na América do Sul”.
Além de abordar a situação na Venezuela, Lula defendeu Cuba, país que, assim como a Venezuela, é alvo constante de críticas e sanções por parte dos Estados Unidos. Ao falar sobre a ilha, ele argumentou que “Cuba não é um país de exportação de terroristas” e a descreveu como um “exemplo de dignidade”, reforçando a ideia de que a dignidade e a soberania devem ser respeitadas.
Essas declarações refletem não apenas uma postura crítica em relação à política externa americana, mas também uma tentativa de reafirmar a importância da solidariedade entre países latino-americanos em um cenário complexo e muitas vezes conflituoso. O presidente brasileiro parece estar apelando à unidade da região diante de intervenções externas, buscando um diálogo que priorize a paz e a soberania nacional.
