Em uma coletiva de imprensa realizada no Palácio do Planalto, Lula refletiu sobre a importância da nomeação do presidente do Banco Central, ressaltando que sua indicação deve ser considerada uma prerrogativa do novo governo. “Indiquei o presidente do BC e ele pode ficar dois anos no próximo governo se a gente perder as eleições. Isso não me parece correto”, afirmou. O presidente destacou que cada governo deve ter a oportunidade de escolher seu presidente do Banco Central, com a expectativa de que essa escolha traga benefícios para a economia. Lula recordou sua experiência com Henrique Meirelles, ao afirmar que ele prestou um grande serviço durante seu mandato.
Recentemente, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa Selic inalterada pela quarta vez consecutiva, apontando que essa decisão é essencial para garantir a convergência da inflação em relação à meta estipulada, além de conter a incerteza que permeia a economia global. O cenário atual é de inflação moderada, enquanto a atividade econômica apresenta um crescimento lento, o que leva a especulações sobre uma possível redução nas taxas de juros já no primeiro trimestre do ano que vem. Lula expressou otimismo e a expectativa de que essa mudança ocorra em breve.
“Da mesma forma que a gente sente cheiro de chuva, sinto que as taxas de juros logo vão começar a cair”, comentou o presidente. Ele lembrou que, apesar de seu apoio, o Banco Central possui autonomia em suas decisões e não fará pressão sobre Galípolo. “Espero que ele esteja sentindo o mesmo desejo que eu”, concluiu Lula, enfatizando que uma possível redução nas taxas será benéfica não apenas para o governo, mas também para a população e a economia como um todo.
Por sua vez, Galípolo também comentou sobre o tema, afirmando que não existem “setas dadas, nem portas fechadas” em relação a ajustes na taxa Selic, reforçando a ideia de que qualquer decisão será baseada em análises cuidadosas das condições econômicas. O futuro da economia brasileira e o impacto das decisões do Banco Central permanecem em constante discussão, enquanto a gestão de Galípolo segue sob escrutínio.
