Lula Defende Galípolo e Confirma Confiança na Redução da Selic em Meio a Críticas e Inflação Moderada

Nesta quinta-feira, 18 de dezembro de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou total apoio ao presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, apesar das críticas contínuas enfrentadas pela instituição. Ao longo de sua fala, Lula expressou que possui “100% de confiança” no economista, que tem sido alvo de descontentamento devido à manutenção da taxa Selic em 15%, o nível mais alto em duas décadas.

Em uma coletiva de imprensa realizada no Palácio do Planalto, Lula refletiu sobre a importância da nomeação do presidente do Banco Central, ressaltando que sua indicação deve ser considerada uma prerrogativa do novo governo. “Indiquei o presidente do BC e ele pode ficar dois anos no próximo governo se a gente perder as eleições. Isso não me parece correto”, afirmou. O presidente destacou que cada governo deve ter a oportunidade de escolher seu presidente do Banco Central, com a expectativa de que essa escolha traga benefícios para a economia. Lula recordou sua experiência com Henrique Meirelles, ao afirmar que ele prestou um grande serviço durante seu mandato.

Recentemente, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa Selic inalterada pela quarta vez consecutiva, apontando que essa decisão é essencial para garantir a convergência da inflação em relação à meta estipulada, além de conter a incerteza que permeia a economia global. O cenário atual é de inflação moderada, enquanto a atividade econômica apresenta um crescimento lento, o que leva a especulações sobre uma possível redução nas taxas de juros já no primeiro trimestre do ano que vem. Lula expressou otimismo e a expectativa de que essa mudança ocorra em breve.

“Da mesma forma que a gente sente cheiro de chuva, sinto que as taxas de juros logo vão começar a cair”, comentou o presidente. Ele lembrou que, apesar de seu apoio, o Banco Central possui autonomia em suas decisões e não fará pressão sobre Galípolo. “Espero que ele esteja sentindo o mesmo desejo que eu”, concluiu Lula, enfatizando que uma possível redução nas taxas será benéfica não apenas para o governo, mas também para a população e a economia como um todo.

Por sua vez, Galípolo também comentou sobre o tema, afirmando que não existem “setas dadas, nem portas fechadas” em relação a ajustes na taxa Selic, reforçando a ideia de que qualquer decisão será baseada em análises cuidadosas das condições econômicas. O futuro da economia brasileira e o impacto das decisões do Banco Central permanecem em constante discussão, enquanto a gestão de Galípolo segue sob escrutínio.

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