Lula criticou a estrutura atual do Conselho de Segurança da ONU, apontando que nações como Brasil, África do Sul, Egito e Índia ficam excluídas de decisões cruciais, o que ele caracteriza como um “shopping ideológico”. Para ele, é fundamental que se repense o modelo da ONU, a fim de encontrar uma solução que não se limite a discursos vazios, mas que realmente atenda às necessidades da comunidade internacional.
Em um tom firme, Lula também fez referência a ideologias ultrapassadas, afirmando que somente aqueles que defendem o nazismo e o fascismo desejam retornar àquela era. Ele enfatizou que o BRICS deve se concentrar em fortalecer a democracia, a paz e o desenvolvimento colaborativo entre seus membros.
Além disso, o presidente brasileiro reagiu a críticas do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que havia feito comentários desdenhosos sobre as políticas do BRICS e sua suposta postura “anti-americana”. Lula desaprovou a postura de Trump, afirmando que ameaças vindas de um líder de uma potência como os Estados Unidos não são responsabilidade. Para Lula, é essencial que Estados soberanos, como os que compõem o BRICS, operem com independência e respeito mútuo.
Em relação a conflitos internacionais, Lula mencionou a questão do Irã e a solução de dois estados entre palestinos e israelenses, reforçando que, embora o Brasil defenda essa abordagem, não cabe ao Brasil exigir mudanças na posição iraniana. Por último, o presidente abordou a necessidade de alternativas ao uso do dólar nas transações internacionais. Para ele, não existe justificativa para a dominação da moeda americana nas negociações globais, e isso deve ser discutido no âmbito do BRICS.