O presidente brasileiro criticou abertamente as chamadas “sanções arbitrárias”, referindo-se diretamente às ações do governo dos Estados Unidos, um tema que muitos analistas acreditam ser um sinal claro de sua defesa da soberania do Brasil. “Diante dos olhos do mundo, o Brasil deu um recado a todos os candidatos autocratas e àqueles que os apoiam: nossa democracia e nossa soberania são inegociáveis. Seguiremos como nação independente e como povo livre de qualquer tipo de tutela”, disse Lula, enfatizando a necessidade de uma política nacional que respeite a autonomia do Brasil em um cenário que frequentemente testemunha interferências externas.
O discurso de Lula também foi uma crítica direta ao funcionamento da ONU e à atual ordem internacional. Ele afirmou que a organização está, de certa forma, em crise, citando que “assistimos à consolidação de uma desordem internacional marcada por seguidas concessões à política do poder”. Nesse contexto, o presidente brasileiro destacou episódios como atentados à soberania e intervenções unilaterais, sustentando que esses atos se tornaram a norma nos últimos anos. Ele traçou um paralelo entre a crise do multilateralismo e o enfraquecimento das democracias em diversos países, uma observação que visa alertar para a necessidade de uma ação global mais eficaz em prol da justiça e da igualdade.
A repercussão do discurso de Lula foi imensa, colocando o Brasil em evidência no cenário internacional. A firmeza e a clareza com que defendeu os interesses nacionais na ONU reforçaram seu compromisso com a política de autodeterminação e expandiram o debate sobre o papel das nações em um mundo cada vez mais polarizado e cheio de desafios. A atuação do Brasil nesse ambiente global, segundo Lula, deve ser marcada por respeito e solidariedade, valores que ele acredita serem fundamentais para a promoção da paz e da prosperidade.