Para o presidente, é impensável que uma vítima de aborto seja penalizada com uma pena maior do que alguém que cometeu um estupro. Ele ressaltou a importância de tomar posição contrária ao projeto e de participar ativamente do debate político. Lula declarou: “Tenho dito à bancada que defende o governo no Congresso Nacional que não podemos ficar receosos, temos que ter coragem de debater, discutir e divergir”.
A aprovação da urgência do projeto pela Câmara dos Deputados gerou polêmica, com uma votação rápida e simbólica que passou despercebida por alguns parlamentares. O presidente da Câmara, Arthur Lira, não mencionou o nome do projeto durante a votação, o que gerou críticas, especialmente do PSOL, partido contrário à iniciativa.
Dias após a aprovação, o governo tentou manter uma postura distante do tema para evitar desgastes políticos. No entanto, relatos sugerem que a primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, teria influenciado uma mudança de postura dentro do governo.
Com a continuidade da discussão sobre o projeto de lei, a participação do governo e a pressão de diversos setores da sociedade, o tema do aborto tem se mostrado cada vez mais delicado e controverso no cenário político brasileiro. A posição do presidente Lula reflete a preocupação com os impactos e consequências que a proposta pode gerar para as mulheres e para a sociedade como um todo.