Lula critica falta de ousadia da ONU em Pacto para o Futuro durante Cúpula Global em Nova York.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez seu primeiro discurso em Nova York, durante a Assembleia da ONU, e criticou a falta de ousadia e ambição da entidade para cumprir seu papel. Lula discursou na Cúpula do Futuro, apontando a crise da governança global e a necessidade de transformações estruturais diante dos recentes conflitos armados no mundo.

O Pacto para o Futuro, que será assinado pelos líderes mundiais, foi mencionado por Lula como um ponto de direção a seguir, mas ele destacou a importância de ter mais ambição e ousadia para que a ONU consiga se fortalecer. O ex-presidente também abordou a falta de efetividade de instâncias multilaterais diante de desafios como a pandemia, conflitos armados, mudanças climáticas e a corrida armamentista.

Na abordagem sobre a votação no Conselho de Segurança da ONU envolvendo Israel e o grupo palestino Hamas, Lula destacou as dificuldades enfrentadas pelo Brasil para obter a aprovação de resoluções devido aos votos contrários dos Estados Unidos e da Rússia, membros permanentes do Conselho. Ele ressaltou a necessidade de reformas no sistema da ONU para uma representação mais equilibrada do Sul Global.

O Pacto do Futuro, evento paralelo à Assembleia Geral da ONU, foi elogiado por abordar temas importantes como a dívida de países em desenvolvimento, tributação internacional e governança digital inclusiva. Lula mencionou a importância de acelerar o cumprimento dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e promover debates sobre as ameaças e oportunidades das tecnologias digitais.

O presidente destacou a importância de não retroceder na agenda de direitos humanos, igualdade de gênero e promoção da paz. Ele encerrou seu discurso ressaltando a necessidade de coragem e vontade política para criar um futuro mais justo e sustentável, deixando um legado positivo para as gerações futuras.

A participação de Lula na Cúpula do Futuro e na Assembleia Geral das Nações Unidas reforça a importância do Brasil no cenário global e a necessidade de reformas para uma governança mais efetiva e inclusiva. O país terá a oportunidade de apresentar suas prioridades e contribuições para enfrentar os desafios mundiais em ambos os eventos.

Sair da versão mobile