A medida adotada por Trump foi definida por meio de uma ordem executiva, a qual desencadeou preocupações sobre o impacto econômico nas relações bilaterais entre Brasil e Estados Unidos. O encontro entre Lula e alguns membros do STF, que ocorreu imediatamente após essa decisão, contou com a presença dos ministros Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin e do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. A convocação do presidente, no entanto, abrange todos os ministros do tribunal, explicitamente mencionando Alexandre de Moraes, que se tornou um alvo das sanções americanas.
Essas sanções, vinculadas à Lei Magnitsky, têm efeitos severos, como o congelamento de bens e contas bancárias em território americano, gerando um clima de incerteza e tensão. A justificativa apresentada pelo governo de Trump para as sanções contra Moraes está relacionada ao processo que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro, o qual se tornou réu sob a acusação de tentativa de golpe de Estado após sua derrota nas eleições de 2022 para Lula. Trump utilizou a expressão “caça às bruxas” para descrever o que ele considera uma perseguição judicial contra Bolsonaro, refletindo a polarização política entre os dois países.
Esse cenário revela não apenas a complexidade das relações exteriores, mas também a fragilidade do processo democrático no Brasil, especialmente em tempos em que a estabilidade política é continuamente desafiada por tensões internas e externas. A reunião convocada por Lula no Alvorada, portanto, parece ser um esforço para construir uma aliança e enfrentar as adversidades que cercam o governo brasileiro, ressaltando a necessidade de um diálogo mais aberto entre os poderes.