Lula destacou que a COP30 será uma oportunidade para os líderes mundiais demonstrarem se realmente acreditam nas advertências dos cientistas sobre as mudanças climáticas e o impacto que isso pode ter no planeta. “Precisamos cobrar dos governantes do mundo se eles realmente acreditam que o planeta está enfrentando graves problemas e que é necessário agir para evitar um aquecimento acima de um grau e meio”, afirmou o presidente.
Ao abordar as promessas feitas em encontros anteriores, Lula recordou a Conferência de Copenhague, realizada em 2009, onde os países desenvolvidos se comprometeram a destinar US$ 100 bilhões por ano para ajudar a preservar florestas. Segundo ele, passados 16 anos, esse apoio financeiro ainda não se concretizou, o que reforça a urgência da discussão na COP30.
Além das questões climáticas, Lula também rebateu críticas recentes sobre direitos humanos no Brasil. Durante uma cerimônia no Palácio do Planalto, ele defendeu que não está havendo desrespeito aos direitos humanos no país, em resposta a um relatório do Departamento de Estado dos EUA que mencionou a deterioração da situação desses direitos no Brasil. “Os nossos amigos americanos, sempre que surgem conflitos, tentam criar uma imagem negativa contra os países que criticam”, disse ele, pedindo uma reflexão sobre a situação interna dos EUA antes de emitir juízos sobre a realidade brasileira.
O presidente enfatizou que o Brasil possui um Poder Judiciário autônomo, capaz de garantir o cumprimento da Constituição e que a chamação à atenção sobre direitos humanos em sua gestão não condiz com a verdade. Em sua fala, Lula concluiu afirmando que o Brasil não admite ser acusado de violar direitos humanos e que está determinado a se opor a tais percepções.