O presidente brasileiro enfatizou o compromisso de seu governo em cultivar boas relações diplomáticas com diversas nações, citando especificamente China, Argentina, Uruguai e Bolívia. Ele deixou claro que o Brasil não deseja conflitos com nenhum país, mesmo diante das recentes medidas protecionistas adotadas pelos EUA, que impuseram uma sobretaxa de 40% sobre produtos brasileiros. “Nós não temos preferências por países, queremos estabelecer uma relação civilizada com o mundo”, declarou Lula, sublinhando a importância da diplomacia em um cenário global complexo.
No decorrer de seu discurso, Lula também teceu críticas às justificativas apresentadas pelos EUA para a imposição dessas tarifas, defendendo que a Casa Branca não deveria ter tomado tal decisão baseada em informações que considera não verídicas. “Defendemos o multilateralismo e não concordamos quando os EUA decidiram taxar os produtos brasileiros com bases que não são verdadeiras”, afirmou.
Em uma entrevista concedida à Rádio Piatã FM, Lula descreveu Trump como “gentil” durante a conversa, que ocorreu na última segunda-feira. Nesse mesmo dia, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, que foi indicado por Trump para liderar as negociações com o Brasil, dialogou com o chanceler brasileiro Mauro Vieira. Essa interação entre as duas administrações indica um esforço para reequilibrar as relações comerciais e superar as desavenças recentes, o que poderá resultar em um alívio nas tensões e na melhoria do comércio entre os dois países.