Lula classifica ação militar israelense como “genocídio” e pede sensatez em conflito com os palestinos durante conferência do clima COP28.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva marcou presença na conferência do clima COP28 em Dubai e novamente chamou a ação militar israelense na Faixa de Gaza de “genocídio”. Sua declaração contundente veio um dia após ter se encontrado com o presidente de Israel, Isaac Herzog, reforçando as tensões diplomáticas entre os dois líderes.

Durante sua participação no evento, Lula abriu seu discurso na reunião do G77+China sobre Mudança do Clima pedindo permissão para abordar a questão das guerras que assolam o mundo. Ele citou os conflitos entre Rússia e Ucrânia, assim como a luta incessante entre Israel e os palestinos, especialmente na Faixa de Gaza, pedindo por “sensatez” e paz em meio a tantos conflitos.

O ex-presidente criticou veementemente a falta de razoabilidade na manutenção de guerras, ressaltando que é mais econômico e humano buscar soluções pacíficas do que recorrer às armas. Além disso, ele fez um apelo para que as nações do bloco fizessem um chamado ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterrez, para que a ONU se empenhasse em promover um acordo que alterasse o Conselho de Segurança da entidade, uma antiga reivindicação do Brasil.

Lula também fez questão de mencionar a tentativa frustrada do Brasil de conquistar um cessar-fogo em Gaza em outubro, que foi vetada pelos Estados Unidos. Ele expressou sua frustração com a situação e pediu que os envolvidos no conflito buscassem um diálogo construtivo ao invés de perpetuar a destruição.

No que diz respeito ao encontro com o presidente de Israel, Issac Herzog, Lula destacou a situação de Michel Nisenbaum, um israelense de nacionalidade brasileira mantido pelo Hamas desde outubro. Ele mencionou que o grupo invadiu território israelense, resultando na morte de 1.200 pessoas, e em uma intensa resposta de Israel com bombardeios à Faixa de Gaza. Com mais de 15 mil palestinos mortos desde 2007, incluindo 5 mil crianças, a situação na região é extremamente preocupante.

As ações de Israel foram alvo de severas críticas internacionais, especialmente pelo bombardeio de áreas densamente povoadas e alvos civis, como escolas e hospitais. Enquanto os israelenses alegam que o Hamas utiliza essas instalações como centros de operações do grupo terrorista, a comunidade internacional clama por um cessar-fogo e soluções diplomáticas para o conflito.

Diante desse cenário, Lula fez questão de expressar sua preocupação e o desejo por um mundo mais pacífico, instando os líderes mundiais a voltarem suas atenções para a urgência de trazer paz e estabilidade para regiões em conflito ao redor do planeta.

Sair da versão mobile