O presidente não hesitou em criticar seu antecessor, Jair Bolsonaro, e reafirmou que sua administração está, segundo ele, realizando um verdadeiro milagre no país. “Nós estamos fazendo um milagre nesse país. Primeiro, recuperamos várias coisas que tinham acabado, como o Minha Casa Minha Vida, e vamos entregar 3 milhões de casas até o fim do meu mandato”, disse Lula, reforçando as conquistas de seu governo.
Em outro momento, ele desafiou os presentes ao afirmar: “Duvido que alguém que seja bolsonarista consiga indicar uma obra que o Bolsonaro fez em Minas.” Essa provocação, notavelmente direcionada a um público frequentemente em oposição às suas ideias, mostra o intento de Lula de consolidar seu espaço no coração do eleitorado evangélico.
É importante notar que essa não foi a primeira vez que o presidente adota um tom religioso em seus discursos. Durante uma reunião anterior com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, Lula já havia questionado a obra do antigo governo de forma semelhante. No entanto, nesta ocasião, Zema não estava presente, e sua ausência permitiu que ministros aliados a Lula direcionassem críticas a ele, refletindo a intensa disputa política que permeia o estado.
As declarações de Lula ressoam com um eleitorado que, tradicionalmente, tem se mostrado dividido entre suas promessas de crescimento e os desafios impostos pela oposição. Com a proximidade das eleições, a habilidade do presidente em se conectar com diferentes segmentos da sociedade será crucial para fortalecer sua base e, potencialmente, assegurar novos mandatos.