Lula Chega à China para Reuniões Estratégicas com Xi Jinping e Empresários em meio a Guerra Comercial dos EUA contra o País Asiático

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou um novo capítulo em suas relações internacionais ao desembarcar em Pequim neste sábado (10), após participar das celebrações pelos 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial na Rússia. Essa é a segunda visita de Lula à China em seu atual mandato, sendo a primeira em abril de 2023, e surge em um contexto global marcado por tensões comerciais, especialmente entre os Estados Unidos e a China.

Durante sua estadia, o presidente brasileiro tem como prioridade a consolidação de parcerias estratégicas. Em uma postagem na rede social X, Lula destacou a importância da viagem e reafirmou seu compromisso em fortalecer as relações bilaterais: “Acabo de chegar em Pequim, onde vamos fechar novas parcerias e assinar acordos de cooperação em múltiplas áreas. É mais um grande passo na relação de amizade e proximidade estratégica com a China, que é nosso maior parceiro comercial desde 2009”, escreveu ele.

A agenda de Lula inclui um encontro com o presidente chinês, Xi Jinping, além de reuniões com empresários locais. Este momento é particularmente relevante, uma vez que a China começou a aumentar suas importações de soja brasileira, fazendo com que o Brasil superasse os Estados Unidos como o principal fornecedor do produto para o país asiático. Nos bastidores, membros do governo brasileiro acreditam que a guerra tarifária entre os EUA e a China proporciona novas oportunidades para o agronegócio nacional.

A atual situação comercial entre as potências globais é complexa, com os EUA aplicando taxas que chegam a 145% em diversos setores sobre produtos chineses. Em retaliação, a China impôs tarifas de até 125% sobre produtos provenientes dos EUA e suspendeu a autorização para a venda de certos produtos de frigoríficos americanos no mercado chinês. Essas medidas têm repercussões significativas, gerando incertezas econômicas que alcançam não apenas as duas nações, mas também afetam empresas multinacionais e as projeções de crescimento de economias em todo o mundo.

A viagem de Lula a Pequim, portanto, não é apenas uma formalidade diplomática, mas um movimento estratégico para reposicionar o Brasil na dinâmica do comércio global. Enquanto a situação internacional permanece volátil, o presidente busca ampliar o espaço Brasileiro na economia mundial, aproveitando um momento de mudança para as relações comerciais entre grandes potências.

Sair da versão mobile