Durante sua estadia, o presidente brasileiro tem como prioridade a consolidação de parcerias estratégicas. Em uma postagem na rede social X, Lula destacou a importância da viagem e reafirmou seu compromisso em fortalecer as relações bilaterais: “Acabo de chegar em Pequim, onde vamos fechar novas parcerias e assinar acordos de cooperação em múltiplas áreas. É mais um grande passo na relação de amizade e proximidade estratégica com a China, que é nosso maior parceiro comercial desde 2009”, escreveu ele.
A agenda de Lula inclui um encontro com o presidente chinês, Xi Jinping, além de reuniões com empresários locais. Este momento é particularmente relevante, uma vez que a China começou a aumentar suas importações de soja brasileira, fazendo com que o Brasil superasse os Estados Unidos como o principal fornecedor do produto para o país asiático. Nos bastidores, membros do governo brasileiro acreditam que a guerra tarifária entre os EUA e a China proporciona novas oportunidades para o agronegócio nacional.
A atual situação comercial entre as potências globais é complexa, com os EUA aplicando taxas que chegam a 145% em diversos setores sobre produtos chineses. Em retaliação, a China impôs tarifas de até 125% sobre produtos provenientes dos EUA e suspendeu a autorização para a venda de certos produtos de frigoríficos americanos no mercado chinês. Essas medidas têm repercussões significativas, gerando incertezas econômicas que alcançam não apenas as duas nações, mas também afetam empresas multinacionais e as projeções de crescimento de economias em todo o mundo.
A viagem de Lula a Pequim, portanto, não é apenas uma formalidade diplomática, mas um movimento estratégico para reposicionar o Brasil na dinâmica do comércio global. Enquanto a situação internacional permanece volátil, o presidente busca ampliar o espaço Brasileiro na economia mundial, aproveitando um momento de mudança para as relações comerciais entre grandes potências.