O Itamaraty encaminhou uma lista com 86 nomes ao Egito e a Israel, buscando autorização para a saída dessas pessoas da região de conflito entre Israel e Hamas. A primeira leva de autorizados a deixar a zona de conflito, que ocorreu há cerca de duas semanas, inclui 32 brasileiros e familiares palestinos, muitos deles crianças.
O Qatar desempenha um papel crucial nessa situação, devido à sua tradição como mediador e facilitador em negociações desse tipo, incluindo as tratativas para a troca de prisioneiros palestinos por reféns israelenses. Os Estados Unidos também são atores importantes nesse contexto.
O secretário de África e Oriente Médio do Itamaraty, Carlos Duarte, confirmou que a questão será abordada durante a visita de Lula a Doha. Ele ressaltou que o presidente brasileiro já havia buscado a cooperação do Qatar anteriormente, o que resultou na libertação das pessoas que constavam na lista anterior.
Duarte afirmou que o Brasil está empenhado em obter a repatriação dos brasileiros que se encontram na Faixa de Gaza, e que não medirá esforços para alcançar esse objetivo.
Aqueles que desejam deixar a Faixa de Gaza, alegando serem estrangeiros, precisam preencher uma série de critérios, incluindo o grau de parentesco do nacional e a regularização da documentação. Estima-se que cerca de 3 mil pessoas aguardam permissão para deixar Gaza, representando diversas nacionalidades.
Portanto, a visita de Lula ao Qatar se torna essencial para o desfecho desse delicado cenário, e a mediação do país pode se mostrar decisiva para viabilizar a repatriação desses brasileiros e parentes palestinos. A questão humanitária se torna cada vez mais urgente e, diante disso, o Brasil demonstra seu comprometimento em resolver essa situação complexa.