Além das críticas direcionadas a Bolsonaro, Lula também qualificou como “vergonha” a decisão de Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, de ir aos Estados Unidos pedir intervenção do presidente Donald Trump em assuntos internos do Brasil. Essa postura foi vista como uma tentativa de buscar apoio externo para legitimar a oposição ao governo atual. Como exemplo da resistência que enfrentou, Lula mencionou suas próprias experiências durante as investigações da Operação Lava Jato, argumentando que, embora tenham vasculhado a vida de sua família sem encontrar provas de corrupção, ele acabou sendo preso de forma injusta.
O presidente também se manifestou sobre a nova política tarifária imposta por Trump, que passa a valer a partir de 1º de agosto, abordando a falta de disposição da administração americana para dialogar. Lula ainda fez referência a uma carta de Trump, que alegava haver uma “caça às bruxas” contra Bolsonaro, questionando o respeito e a legitimidade dessa afirmação, considerando-a um desrespeito ao Brasil e à justiça brasileira.
No percurso do evento, que marcou o 1º Encontro Regional de Educação Escolar Quilombola do Sudeste, Lula anunciou um investimento significativo de R$ 1,1 bilhão para a construção de 249 escolas focadas nas populações indígenas e quilombolas, além de obras emergenciais nos territórios Yanomami e Ye’Kwana. O encontro ressalta a importância de fortalecer políticas públicas voltadas para essas comunidades, reconhecendo seus saberes e valor, e buscando uma pedagogia inclusiva. Essa agenda mostra o compromisso do governo com a educação e os direitos das minorias, um passo considerado fundamental para a construção de um Brasil mais justo e igualitário.