Lula apoia manifestações contra a PEC da Blindagem e defende medidas em favor do povo brasileiro em protestos que mobilizam milhares em todo o país.

No último domingo, as ruas do Brasil foram palco de manifestações massivas organizadas por movimentos sociais e partidos de esquerda, com um foco claro: a oposição à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) conhecida como PEC das Prerrogativas ou PEC da Blindagem. Esse projeto visa modificar a Constituição, permitindo que parlamentares tenham maior proteção contra investigações policiais durante o exercício de seus mandatos, o que gerou indignação em diversas camadas da sociedade.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou seu apoio às mobilizações populares, utilizando sua conta em uma rede social para destacar que está “do lado do povo brasileiro.” Em sua declaração, ele afirmou que as manifestações evidenciam um forte desejo da população por justiça, rejeição à impunidade e à anistia. Lula enfatizou que o foco do Congresso Nacional deve ser, acima de tudo, a implementação de medidas que beneficiem a população em geral, reforçando a importância de um governo comprometido com a transparência e a responsabilidade.

As manifestações ocorreram em todas as capitais do país, assim como em diversas cidades do interior, demonstrando a amplitude da insatisfação popular. Em São Paulo, a Avenida Paulista foi tomada por cerca de 40 mil pessoas, enquanto no Rio de Janeiro, a famosa praia de Copacabana também recebeu um público semelhante. Essas grandes concentrações de cidadãos nas principais vias das cidades são um indicativo claro do clima de descontentamento, refletindo a rejeição a medidas que possam ser interpretadas como proteção a práticas de corrupção ou abuso de poder no âmbito legislativo.

Além de protestar contra a PEC da Blindagem, os manifestantes também expressaram sua oposição a um projeto que visa anistiar aqueles condenados pelos eventos tumultuados de 8 de janeiro, quando houve tensão política no país. Essa sequência de mobilizações ressalta a necessidade de um diálogo mais profundo entre a sociedade civil e as instituições públicas, enfatizando a urgência de um governo que responda prontamente às demandas populares por mais justiça e integridade no cenário político brasileiro.