Lula Anuncia Conclusão do Acordo Mercosul-União Europeia para 20 de Dezembro, Prometendo o Maior Pacto Comercial do Mundo

Lula Anuncia a Assinatura do Acordo Mercosul-União Europeia para 20 de Dezembro

Em uma coletiva de imprensa realizada em Joanesburgo, África do Sul, durante a Cúpula de Líderes do G20, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia será formalmente assinado no dia 20 de dezembro. O líder brasileiro enfatizou a importância desse acordo, que promete ser um marco no comércio global, afetando aproximadamente 722 milhões de pessoas e envolvendo um Produto Interno Bruto (PIB) conjunto de cerca de US$ 22 trilhões, o equivalente a R$ 118 trilhões.

Lula ressaltou que as negociações, que perduraram por 25 anos, foram concluídas em dezembro de 2024. O acordo incluirá dois documentos: um de natureza econômica e comercial, que terá vigência provisória, e outro que compreende o pacto completo. Essa estrutura pretende garantir que os benefícios comerciais sejam desfrutados rapidamente, mesmo que a ratificação em todos os países envolvidos possa levar algum tempo.

Para que o acordo seja implementado, ele precisará ser aprovado pelo Parlamento Europeu, onde são necessários votos favoráveis de mais da metade de seus membros. Além disso, ao menos 15 dos 27 países da UE devem ratificar o pacto, representando 65% da população total da União. No Mercosul, os países membros, que incluem Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina, também estarão envolvidos na aprovação, mas a plena ratificação não é um pré-requisito para o início da vigência do acordo.

Entretanto, o pacto enfrenta resistência, principalmente da França, que possui uma significativa indústria de carnes e está preocupada com a competitividade das commodities sul-americanas, além de questões ambientais. O governo francês qualificou o acordo como “inaceitável”, citando a falta de atenção às exigências ambientais nas produções agrícola e industrial. Lula, por sua vez, considerou as críticas como reações ao protecionismo francês e reafirmou seu compromisso em avançar com a assinatura do acordo.

O presidente brasileiro, que assumiu a presidência rotativa do Mercosul, colocou a finalização desse acordo entre suas principais prioridades, destacando a relevância que ele terá para as economias dos países envolvidos e a influência que poderá exercer nas relações comerciais globais.

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