Durante uma coletiva de imprensa realizada no Palácio do Planalto, Lula expressou a necessidade de respeito mútuo entre as nações, ressaltando que “os presidentes são eleitos para governar seus países”. O presidente brasileiro também reiterou seu desejo de que a nova administração dos EUA se mantenha em um relacionamento positivo com o Brasil, pedindo a Trump que reconheça a soberania doméstica do país sul-americano.
Além da questão comercial, Lula comentou sobre sua avaliação do governo e os desafios enfrentados em seus primeiros dois anos de mandato. Ele reconheceu que as pesquisas eleitorais não têm sido favoráveis à sua administração, mas pediu paciência, mencionando que o povo brasileiro tem motivos para estar insatisfeito devido ao não cumprimento de promessas. “O povo tem razão. Não estamos entregando aquilo que prometemos”, afirmou o presidente, adiantando que ele acredita que o ano de 2025 será um momento de “colheita”, com a concretização de várias propostas.
Lula também se manifestou sobre a recente decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central, que decidiu aumentar a taxa de juros para 13,25% ao ano. Ele expressou total confiança no atual presidente da instituição, Gabriel Galípolo, e defendeu a atuação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tem enfrentado críticas por sua performance no cargo. Segundo Lulu, as críticas a Haddad são injustas, dado que ele tem desempenhado um papel fundamental em projetos relevantes, como a Reforma Tributária e o novo arcabouço fiscal.
Com suas declarações, Lula parece insistir em um equilíbrio delicado entre proteger os interesses econômicos do Brasil e ao mesmo tempo buscar um diálogo construtivo com os Estados Unidos, um dos principais parceiros comerciais do país.