Para o presidente, é fundamental debater a questão dos jogos de apostas que têm envolvido a sociedade brasileira. Ele ressaltou que muitas pessoas estão se endividando e gastando o que não têm, tornando-se dependentes e viciadas nesse tipo de atividade.
Lula também mencionou a trajetória da regulamentação dos jogos de apostas no Brasil, que teve início no governo de Michel Temer, passou pela gestão de Jair Bolsonaro e teve desdobramentos durante seu mandato. Segundo ele, é necessário avaliar as medidas adotadas até o momento e definir os próximos passos a serem tomados.
Durante a reunião, os participantes discutiram a exploração do mercado de quota fixa no Brasil, especialmente as apostas conhecidas como bets. Dentre os temas abordados, estava a possibilidade de impedir que os beneficiários do Bolsa Família realizem apostas nesse segmento, levando em consideração questões de dependência e saúde mental.
De acordo com dados do Banco Central, cerca de cinco milhões de pessoas que recebem o Bolsa Família utilizaram R$ 3 bilhões em sites de apostas esportivas por meio do Pix. A maioria desses usuários são chefes de família, ou seja, aqueles que recebem o benefício do governo federal.
A reunião contou com a presença de autoridades como o Vice-Presidente da República e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; o Ministro da Casa Civil, Rui Costa; o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad; o Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias; a Ministra da Saúde, Nísia Trindade; e o Ministro do Esporte, André Fufuca.
Diante dessas discussões e dados apresentados, fica evidente a importância de se debater e regulamentar a questão dos jogos de apostas no Brasil, a fim de proteger os cidadãos de possíveis prejuízos e impactos negativos decorrentes do vício nesse tipo de atividade.