Durante seu discurso, Lula enfatizou que “não há tema proibido para conversar” e reiterou a disposição do Brasil em manter um diálogo construtivo com os Estados Unidos, afirmando que o país não tem interesse em brigar com seu vizinho do norte. Esse contato direto se tornou ainda mais relevante, considerando as sobretaxas que afetam setores estratégicos, como aço, etanol e produtos agrícolas, chegando a 50%. Na conversa, o presidente brasileiro solicitou a revisão dessas tarifas e manifestou interesse em uma possível negociação pessoal, demonstrando abertura para um entendimento que beneficie ambos os países.
Lula também fez questão de esclarecer que suas interações no cenário internacional não devem ser vistas através da lente da ideologia interna americana. “Quem tem que tratar ideologicamente é o povo que elegeu ele, eu não”, sublinhou, reforçando sua intenção de manter uma postura pragmática nas relações externas. Com um olhar voltado para o futuro, ele sugeriu a realização de uma reunião bilateral presencial para o fim do ano e destacou que já estão previstos encontros técnicos entre o Itamaraty e o Departamento de Estado dos EUA.
Além das discussões de política internacional, o evento também foi uma plataforma para o lançamento de um novo pacote de crédito habitacional, que busca ampliar o acesso à moradia e reduzir os juros para famílias de baixa renda. O presidente parabenizou a Caixa Econômica Federal pelo seu papel fundamental no desenvolvimento social e afirmou que “crédito não é gasto, é investimento no povo brasileiro”, sinalizando seu compromisso com políticas que promovam inclusão e melhoria na qualidade de vida da população.