“Aguardem o julgamento”, disse Lula, acrescentando que todos terão o direito de se defender, diferentemente do que ocorreu em sua própria trajetória política. Em sua análise, aqueles que pedem anistia estão, de certa forma, se reconhecendo culpados pelo que aconteceu. O presidente não economizou críticas a Bolsonaro, lembrando que o ex-presidente deixou o Brasil em um momento crucial e se recusou a entregar a faixa presidencial, um ato que Lula considera representativo de um comportamento não civilizado.
Bolsonaro, condenado em junho de 2023 por abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação, está inelegível até 2030 devido a suas ações durante sua gestão, incluindo polêmicas sobre a integridade do sistema eleitoral brasileiro. O ex-presidente viajou para os Estados Unidos no crepúsculo de seu mandato, e, no dia seguinte, ocorreu a depredação das sedes dos Poderes em Brasília.
Além da condenação que o impede de concorrer a cargos públicos, Bolsonaro ainda enfrenta uma série de acusações no Supremo Tribunal Federal, incluindo associação criminosa e inserção de dados falsos em sistemas de informações, que trazem penalidades significativas. A defesa do ex-presidente já recorreu da decisão, apresentando 19 questões que, segundo eles, violariam a Constituição, mas até agora, os apelos foram negados.
Com o panorama político em franca disputa e as tensões entre os dois líderes evidentes, as próximas eleições prometem ser um novo capítulo na história política do Brasil, onde a rivalidade entre Lula e Bolsonaro continua a moldar o futuro do país.