Durante a entrevista, Lula reforçou sua defesa pela iniciativa e destacou a inteligência de Marina Silva, afirmando que ela compreende a importância de não ser predatório na exploração da Amazônia. Ele salientou que a questão não é se deve ser feito, mas sim como deve ser feito, visando a preservação do meio ambiente.
A Margem Equatorial, localizada no Norte do país e que se estende do Rio Grande do Norte ao Amapá, é o foco do interesse da Petrobras, que planeja investir US$ 3,1 bilhões na exploração de petróleo e gás na região. No entanto, a iniciativa depende da autorização do Ibama, que em maio de 2023 negou a emissão da licença devido a inconsistências técnicas.
Lula, em uma crítica ao Ibama, classificou o processo de análise como “lenga-lenga” e defendeu que a Petrobras deveria ser autorizada a iniciar os estudos sobre o tema. Ele ressaltou que é necessário garantir que a empresa cumpra todos os requisitos ambientais para evitar danos ao meio ambiente, citando como exemplo o desastre no Golfo do México.
O presidente, que visitou Belém para inspecionar as obras da COP30, reiterou o compromisso do governo em agir com responsabilidade na exploração da Foz do Amazonas, ressaltando o potencial econômico do projeto e sua relevância para a transição energética do país. A discussão sobre a exploração de petróleo na região da Margem Equatorial continua sendo um tema de grande importância e interesse para o governo e para a sociedade como um todo.