Durante um encontro com a sociedade civil, representantes de organizações não governamentais pressionaram por uma postura mais incisiva contra os combustíveis fósseis e exigiram a demarcação de terras indígenas, conforme prometido pelo governo. Lula ressaltou que o Brasil estará presente no Opep+, mas sem ter papel decisório, fazendo uma analogia com a sua participação no G7, onde ele apenas escuta e se abstém de tomar decisões.
O presidente enfatizou a importância de usar o lucro gerado pela produção de petróleo para desenvolver tecnologias voltadas para energias renováveis, como parte de um esforço global para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis. Ele frisou que acabar com os combustíveis fósseis é um desejo, mas alcançar esse objetivo exigirá um esforço conjunto e o desenvolvimento de alternativas viáveis.
Lula destacou o compromisso do Brasil com a transição energética e sua disposição em cobrar outros países a seguir o mesmo caminho. Ao longo do dia, o presidente tem previstas pelo menos quatro reuniões bilaterais, incluindo um encontro com o presidente da França, Emmanuel Macron, além de participar de uma reunião do G-77+China, que reúne os países em desenvolvimento.
Na sessão de abertura da COP-28, Lula defendeu uma redução na dependência dos combustíveis fósseis e instou os países ricos a financiar medidas de adaptação à mudança do clima nos países em desenvolvimento. A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, também ressaltou a necessidade de acelerar as ações para combater as mudanças climáticas, declarando que o que foi feito até agora é insuficiente e requer um esforço conjunto.
A presença e as declarações de Lula durante a COP-28 mostram um comprometimento significativo do Brasil com a agenda climática global e a busca por alternativas sustentáveis para a produção de energia. A participação do presidente nas negociações e reuniões bilaterais demonstra o papel ativo do Brasil na busca por soluções efetivas para enfrentar os desafios ambientais do século XXI.