O desfile do Dois de Julho, que acontece nas ruas de Salvador, é repleto de atividades cívicas e culturais, e atrai não apenas a população local, mas também políticos de destaque de toda a região Nordeste. Tradicionalmente, o evento conta com a presença de representantes de movimentos sociais influentes, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), destacando a importância da luta pela justiça social e pelos direitos dos trabalhadores.
Em 2024, durante a sua participação no desfile, Lula levantou a proposta de reconhecer o Dois de Julho como uma celebração oficial da independência, argumentando que a data carrega o peso da verdadeira luta pela liberdade. Em seu discurso, o presidente afirmou que a data comum, celebrada em 7 de setembro, foi produto de um “conchavão” da Coroa portuguesa, enfatizando a importância de recontar a história do Brasil a partir de novas perspectivas.
Ele destacou que o 2 de julho representa a verdadeira independência do país, marcada pelo heroísmo de mulheres e homens que lutaram por essa causa. A ideia de transformar as duas datas em celebrações oficiais reflete não apenas um esforço para incluir todos os aspectos da história brasileira, mas também um movimento para engajar a população em um diálogo mais amplo sobre a identidade nacional.
Essas iniciativas de Lula visam, portanto, não apenas um retorno ao reconhecimento popular, mas também uma revalorização dos eventos históricos que moldaram o Brasil. A presença do presidente no Dois de Julho promete ser um momento importante para revitalizar o vínculo com a sociedade e reforçar a narrativa da luta pela igualdade e pelos direitos civis no país.