De acordo com informações divulgadas pela Comissão Eleitoral Central, a participação foi expressiva, com mais de 6,9 milhões de eleitores aptos comparecendo às urnas. Além de Lukashenko, demais candidatos como Sergei Sirankov, do Partido Comunista, e Oleg Gaidukevich, do Partido Liberal Democrático, obtiveram 3,21% e 3,2% dos votos respectivamente. Outros concorrentes, como a empresária independente Anna Kanopatskaya e Alexander Jizhniak, do Partido Republicano do Trabalho e Justiça, garneram 1,86% e 1,74% dos votos.
As eleições, no entanto, não passaram despercebidas pela comunidade internacional. O Parlamento Europeu aprovou uma resolução pedindo o não reconhecimento da votação e solicitando à União Europeia que aumentasse as sanções direcionadas a autoridades e instituições belarussas. Esse movimento é uma continuação de um cenário de tensão política que cercou o país após protestos em massa que contestaram a legitimidade das últimas eleições, em 2020.
Os críticos de Lukashenko afirmam que suas eleições são frequentemente viciadas. Em resposta, o presidente tem se mantido firme no controle do país, contando com o apoio da Rússia, que tem sido um aliado estratégico em momentos de crise, especialmente em relação à situação política na Ucrânia e nas questões de segurança na região.
Enquanto Lukashenko desfruta de um novo mandato, a oposição interna e a pressão externa continuam a ser elementos importantes no cenário político de Belarus, que permanece sob constante vigilância de potências ocidentais. O futuro político do país está longe de ser claro, especialmente com a resistência dos cidadãos a aceitar governos com perfis autocráticos.