Após o ocorrido, Morales concedeu uma entrevista à rádio Kawsachun Coca, onde relatou os detalhes do ataque e mostrou um vídeo que documenta os danos causados em seu veículo, incluindo vários buracos de bala. Além disso, o motorista de Morales foi visto com ferimentos aparentes, apresentando sangue na nuca, o que intensificou as preocupações sobre sua segurança. Nas declarações, o ex-presidente atribuiu a autoria do ataque ao governo atual, exacerbando assim as tensões políticas já existentes entre ele e Arce.
Luis Arce, em sua declaração oficial sobre o incidente, destacou que qualquer ato de violência política é inaceitável e deve ser investigado a fundo. Ele afirmou que a violência não é a solução para os problemas do país, afastando-se de especulações e enfatizando a necessidade de uma investigação completa e imediata para esclarecer os fatos.
O cenário político na Bolívia é marcado pela rivalidade entre os dois líderes, que estão competindo pela liderança do partido Movimento ao Socialismo (MAS) nas próximas eleições de 2025. Esta disputa interna tem gerado um racha significativo na esquerda boliviana.
Na mesma tarde, a presidente de Honduras, Xiomara Castro, manifestou sua condenação ao ataque contra Morales, afirmando em suas redes sociais que é urgente tomar medidas para garantir a segurança do ex-presidente. Esse evento não apenas gera preocupação sobre a segurança política em um contexto de polarização, mas também levanta questões sobre os limites da violência na concorrência pelo poder no país, refletindo a complexidade da situação política na Bolívia.