AMARELOU! Lira apoia JHC para prefeito de Maceió, mirando eleições 2026; senador Cunha é escolhido como vice, contrariando Lira. Calheiros tenta atrair PT.



 

Nesta semana, o cenário político de Maceió ganhou novos contornos com o anúncio de apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), à candidatura de João Henrique Caldas (PL) para a prefeitura da capital alagoana. Em declarações exclusivas ao Globo, Lira confirmou que a aliança com JHC já está concretizada, permitindo ao candidato a liberdade total para a escolha de seu companheiro de chapa. A decisão reflete não apenas a alta aprovação que JHC desfruta, mas também uma estratégia política delineada para as eleições de 2026, quando Lira pretende concorrer ao Senado com o suporte do grupo político liderado por JHC.

Desafiando sugestões de Lira, JHC optou por escolher o senador Rodrigo Cunha (Podemos) como seu vice, demonstrando certa independência em suas decisões estratégicas. Essa escolha, embora contrária às expectativas de Lira, sinaliza uma configuração política robusta para os próximos anos. JHC, se reeleito, é visto como um potencial candidato ao governo de Alagoas em 2026, o que abriria caminho para Cunha assumir a prefeitura e sua mãe, Eudócia Caldas, obter uma cadeira no Senado como suplente de Cunha.

“A discussão sobre o vice de Maceió ganhou uma proporção inacreditável. JHC é meu aliado e temos trabalhado juntos por Maceió. Nosso foco é 2026. Queremos uma construção sólida,” declarou Arthur Lira, sublinhando a importância da aliança e da preparação estratégica para as próximas eleições. Sobre sua própria candidatura ao Senado, Lira pontuou que as especulações são fortes: “Fui o federal mais votado da história de Alagoas, ajudo muito meu estado. É lógico que o nome é lembrado,” descartando qualquer possibilidade de aliança com seu adversário local, Renan Calheiros, também cotado para o Senado. “É muito difícil uma composição com Renan. A briga partiu sempre dele,” concluiu.

Em contrapartida, o senador Renan Calheiros (MDB) busca atrair o PT para a chapa de seu candidato à prefeitura, Rafael Brito (MDB). Encarando JHC como um oponente formidável, possivelmente vencedor já no primeiro turno, Calheiros aposta na nacionalização do debate para forçar um segundo turno, posicionando Brito como uma força de oposição a JHC, associado ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

O panorama político, no entanto, se complicou ainda mais com a decisão do PT de lançar uma chapa própria, liderada por Ricardo Barbosa e com Eliane Silva do PSOL como vice. A coligação, fortalecida por partidos como PCdoB, PV e Rede, vê em Barbosa um candidato em ascensão, especialmente com o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que torna uma aliança com Calheiros ainda mais improvável.

Com essas movimentações, o cenário político em Maceió para as próximas eleições municipais se mostra turbulento e repleto de possíveis reviravoltas, refletindo o dinamismo e as complexas articulações que definem as estratégias dos principais atores políticos de Alagoas.

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