Mesmo com o sucesso alcançado, incluindo três prêmios no Grammy Latino 2025, Liniker não hesita em expor sua vulnerabilidade. Em uma declaração sincera, ela menciona: “Não me vejo mais como uma coadjuvante, mas eu continuo muito carente. Não tenho ninguém para me fazer carinho”. Este sentimento de solidão e a busca por conexões afetivas são temas recorrentes em sua vida e obra.
A música e a poesia formam os pilares de seu processo de autodescoberta. Seu aclamado álbum “Índigo Borboleta Anil” foi um catalisador importante em seu tratamento contra a ansiedade e crises de pânico, enquanto o single “Caju” aborda temas como amor, reconciliação e espiritualidade. Liniker utiliza a poesia como um meio de resgatar sua essência, em busca da “Lili” — o nome carinhoso que sua mãe a chama — e da “criança” que sente não conseguir alcançar.
A artista está ciente de que essa jornada de autodescoberta pode ser a sua “função aqui nessa terra”, e seus trabalhos abordam questões de amor-próprio e autoestima. Ela anseia por um espaço afetivo onde possa ser “humanizada”, “respeitada” e “desejada”, sem ter que ser a única a fazer o esforço para ser amada.
Liniker também reflete sobre o impacto de sua exposição como artista. O papel de “Liniker” muitas vezes causa feridas nas relações pessoais. A produção de suas músicas, que acontece em estúdios onde ela pode imprimir sua essência, é um ato íntimo que lhe permite moldar a mensagem que deseja transmitir. Este cuidado e atenção aos detalhes renderam à canção “Caju” uma indicação na categoria de Melhor Álbum de Engenharia de Gravação.
O Festival Estilo Brasil, que contará com a apresentação de Liniker no dia 14 de dezembro, é um dos eventos destacados atualmente. O festival ocorre no Ulysses Centro de Convenções e é promovido pelo Banco do Brasil Estilo em parceria com o governo federal. Ingressos estão disponíveis pela Bilheteria Digital, e o evento promete trazer não apenas música, mas um espaço para celebrar a arte e a conexão humana.
