Os discursos de apoio foram amplamente disseminados nas redes sociais e incluem figuras proeminentes como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que descreveu Bolsonaro como um homem que enfrenta “ataques e injustiças” com notável coragem. De Freitas, potencial candidato à presidência em 2026, afirmou que a retirada de Bolsonaro do convívio familiar e as circunstâncias de sua prisão despertam um profundo senso de indignação e deslegitimam o que considera ser uma violação dos direitos humanos.
Além de Tarcísio, outros governadores e líderes políticos também se manifestaram. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, fez um vídeo onde lamenta que a prisão representa “mais um triste capítulo da vida política nacional”. Ele enfatizou que a situação de Bolsonaro é uma tentativa deliberada de desestabilizar sua dignidade. O governador do Paraná, Ratinho Jr., sugeriu que a prisão deveria ser cumprida em domicílio, acusando o Supremo Tribunal Federal de insensibilidade num momento delicado da política patrimonialista brasileira.
Romeu Zema, governador de Minas Gerais, foi incisivo ao afirmar que divergências políticas não deveriam ser base para prisões, referindo-se ao caso de Bolsonaro como um “abuso de poder”. Outros protagonistas, como a senadora Damares Alves e a deputada Bia Kicis, também criticaram a decisão judicial, clamando pela celeridade de projetos de anistia e enfatizando que a prisão de Bolsonaro poderia ter consequências perigosas para a liderança da direita no país.
A tumultuada situação expõe não apenas a polarização política no Brasil, mas também a profunda lealdade que muitos desses líderes ainda mantêm em relação a Bolsonaro, cujo legado e futuro político permanecem incertos em meio a um contexto de crescente tensão entre os poderes judiciais e executivo.
