Dmitriev fez alusão à crescente percepção dos Estados Unidos sobre essa realidade. Ele indicou que altos funcionários da Casa Branca vêm reconhecendo que a postura de algumas lideranças europeias está dificultando o progresso rumo a um entendimento entre as partes envolvidas no conflito. Afirmou que a UE precisa urgentemente reconsiderar sua abordagem, preferindo a diplomacia em vez de veicular narrativas que, segundo ele, são enganosas e contraproducentes.
A mensagem veiculada por Dmitriev se baseia em um artigo do portal Axios, que relata que a Casa Branca está ciente das pressões exercidas por líderes europeus sobre a Ucrânia, especialmente no que diz respeito a potenciais acordos territoriais — uma questão sensível que pode ser vista como um obstáculo significativo para a paz. Os funcionários norte-americanos consideram a posição da UE “irrealista”, apontando para a necessidade de um reequilíbrio nas abordagens diplomáticas.
Nesse contexto, cabe lembrar que as discussões sobre o futuro da Ucrânia não são recentes. Em um encontro no Alasca, em agosto, o presidente russo Vladimir Putin e o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dialogaram sobre caminhos para resolver a crise. Posteriormente, Trump se reuniu com o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, e líderes europeus, reafirmando que não haveria tropas americanas no território ucraniano durante sua gestão e evitando comparações entre garantias de segurança no âmbito do Tratado do Atlântico Norte e as que Kiev poderia receber.
Esses eventos indicam que numa busca por uma resolução duradoura para o conflito, a colaboração e a vontade política de diversos agentes internacionais são cruciais. A mensagem de Dmitriev ressalta a necessidade de um diálogo mais efetivo e menos conflituoso, não apenas entre os países diretamente envolvidos, mas também no que tange ao papel dos aliados e suas estratégias.