Silva, que já ocupou cargos relevantes no governo federal, como ministro da Comunicação Social durante o mandato de Dilma Rousseff, observou a importância de ampliar a base de apoio do PT. “Devemos trabalhar para atrair aqueles eleitores que, por circunstâncias momentâneas, decidiram votar no Bolsonaro. Esses eleitores não são necessariamente ideológicos, mas estão abertos a um diálogo que busca mudanças significativas”, afirmou. Essa estratégia, segundo ele, poderia resultar em uma nova dinâmica política, especialmente agora que temas centrais como a estrutura social e tributária estão em pauta.
O presidente do PT destacou que, embora as realizações do governo atual ainda não tenham repercutido de maneira significativa nas pesquisas de opinião, as discussões sobre o modelo de sociedade que se deseja construir têm o poder de sensibilizar a população. “O debate sobre o futuro do Brasil e como a sociedade deve ser organizada pode efetivamente impactar a percepção pública”, disse Silva.
Ele também lembrou o momento em que o ex-presidente norte-americano Donald Trump tentou influenciar a política brasileira e como a sociedade brasileira, unida, reagiu a essa ameaça. Silva afirma que eventos como esse demonstram o potencial mobilizador da opinião pública e ressaltam a necessidade de um engajamento contínuo com a população.
Em suma, Edinho Silva busca reposicionar o PT em um espectro político mais amplo, visando uma aproximação com eleitores que possam ter mudado suas preferências devido a uma série de fatores episódicos, mas que ainda guardam a flexibilidade para reconsiderar suas escolhas. A mensagem é clara: o partido deve estar disposto a dialogar e adaptar-se às demandas da sociedade, especialmente em tempos de incerteza e transformação.