“Estou longe de interditar até porque ele tem respeitabilidade inclusive do presidente. Depois que Lewandowski saiu [do STF], tinha tomado outros caminhos, com consultoria. Então, disse, que eu acho que ele não se interessa por isso, mas não é que eu interditei. Aliás, eu estive com ele hoje. Falei: ‘ministro, eu espero que o senhor não tenha se ofendido, porque disseram que eu interditei o senhor’. Eu não interditei nada”, afirmou o senador.
A polêmica surgiu após o GLOBO noticiar que ministros do Palácio do Planalto alegam que Jaques Wagner estaria tentando “rifar” Ricardo Lewandowski para emplacar seu aliado, Wellington Cesar Lima e Silva. No entanto, o líder do governo no Senado nega veementemente ter indicado qualquer nome para o cargo, alegando que a escolha é do próprio presidente.
“Eu indiquei o nome do Wellington com a Dilma, na época. Mas eu não indiquei nem o Wellignton nem ninguém, porque eu já disse. É um eleitor e uma vaga. É ele que vai escolher”, enfatizou Jaques Wagner.
Além disso, o senador foi questionado sobre a possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicar uma mulher para o cargo, ao que respondeu que a questão de gênero não é decisiva, mas que sempre é bem-vinda a ocupação de postos importantes por mulheres.
Em relação à criação do Ministério da Segurança Pública, Wagner revelou que não conversou com Lula sobre a indicação do nome, mas que o presidente lhe assegurou que não haverá uma divisão no Ministério da Justiça para a criação dessa nova pasta. A promessa de campanha de Lula, no entanto, foi abandonada em sua transição para governo.
Com um tom descontraído, Jaques Wagner ainda comentou que não sabe o motivo pelo qual Lula teria desistido da ideia. Ao fim da entrevista, o senador reiterou que não tem poder de indicação para o Ministério da Justiça e que a escolha é exclusiva do presidente.