Juan Breno Malta Ramos: Envolvimento em Crimes Organizados e Violência na Barra da Tijuca
Juan Breno Malta Ramos, mais conhecido como BMW, está mais uma vez sob investigação das autoridades do Rio de Janeiro. O Ministério Público do Estado (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o sinaliza como uma das figuras centrais do Comando Vermelho no esquema de lavagem de dinheiro e expansão territorial no estado.
Atualmente atuando como um dos principais gestores do tráfico na Gardênia Azul, uma comunidade da Zona Sudoeste que foi resgatada das mãos da milícia, BMW é visto como um dos principais responsáveis pela ampliação da facção nas áreas de Jacarepaguá. Segundo a investigação, sua influência dentro do Comando Vermelho se traduz em uma considerável arrecadação financeira, vinculada ao uso de empresas de fachada, como uma pizzaria local, para ocultar receitas do tráfico.
O papel de BMW no crime vai além das finanças. Documentos revelam que ele é o líder de um grupo conhecido como Equipe Sombra, que, segundo as investigações, foi responsável pelo assassinato de três médicos na orla da Barra da Tijuca em um incidente de grande repercussão. Em suas atividades, BMW também assume funções de treinamento para os integrantes do tráfico, orientando-os sobre punições a serem aplicadas a rivais e realizando julgamentos informais, conhecidos como “tribunais do tráfico”, onde decide sobre a vida e a morte de adversários de menor grau.
O MPRJ apresentou denúncias perturbadoras sobre a brutalidade sob a qual BMW opera. Em um dos trechos das investigações, ele é acusado de orquestrar torturas contra moradores que desafiam a facção. Uma das denúncias inclui uma imagem deprimentemente reveladora de uma mulher submersa em uma banheira de gelo, sob a descrição de que essa seria uma forma de punir quem cria confusão. Outro caso chocante retrata um homem algemado e amordaçado, sendo arrastado por um carro enquanto implora por clemência, citando o nome de BMW, que responde com risadas e desprezo.
Além de suas ações violentas, o MPRJ também destaca que o acusado tem em seu poder uma variedade de armas de alta periculosidade, incluindo um fuzil AK-47 e um modelo FN SCAR-L, ambos com origem militar e restritos para uso civil. A complexidade e a gravidade dos atos atribuídos a BMW revelam a intricada rede de crimes que continua a desafiar a segurança e a ordem pública no Rio de Janeiro, exacerbando a luta contra o crime organizado na região.









