Além disso, María Corina revelou ter pedido a Edmundo González para não entrar na Venezuela no momento, citando a paranoica atitude do regime em fechar o espaço aéreo e ativar o sistema de defesa aérea. Ela afirmou que González será empossado como presidente constitucional da Venezuela quando as condições forem adequadas.
A líder da oposição também denunciou um episódio de sequestro, no qual foi interceptada por policiais durante uma manifestação em Caracas. Ela relatou ter sido retirada violentamente de uma motocicleta e colocada em outra, entre dois homens, sendo forçada a gravar um vídeo como prova de vida.
María Corina Machado, que venceu as primárias da oposição mas foi impedida de disputar a presidência, apoiou Edmundo González, que alega ter vencido as eleições. No entanto, o chavismo proclamou a vitória de Nicolás Maduro, que tomou posse para o terceiro mandato consecutivo.
A cerimônia de posse foi marcada por um baixo comparecimento de chefes de Estado, com destaque para os ditadores de Cuba e Nicarágua. O Brasil, Colômbia e México, países que lideraram os esforços de diálogo entre o chavismo e a oposição, enviaram apenas embaixadores.
Maduro ironizou Edmundo González em seu discurso no Parlamento, questionando sua presença no país. González, exilado na Espanha, afirmou que iria para Venezuela mesmo com a ameaça de prisão por parte do regime.
O ditador intensificou a repressão antes da posse, com dezenas de prisões políticas registradas nos últimos dias. Maduro promete uma reforma constitucional para seu terceiro mandato, mas especialistas apontam que a proposta pode minar as liberdades democráticas na Venezuela.