O presidente do Líbano, Joseph Aoun, afirmou, em declarações feitas nesta quinta-feira (25), que o risco de uma nova guerra com Israel diminuiu significativamente. Durante uma coletiva após uma visita de Natal a Bkerke, no centro do Líbano, Aoun destacou que as recentes negociações e esforços diplomáticos foram fundamentais para acalmar as tensões entre os dois países.

“Posso afirmar que o espectro da guerra passou”, disse ele, referindo-se ao alívio nas preocupações em relação a uma possível escalada de hostilidades, especialmente após as intensas especulações israelenses sobre um possível conflito após o Ano Novo. Aoun observou que, apesar dessa dinâmica positiva, a situação de segurança no sul do Líbano ainda é delicada. Muitos moradores permanecem impossibilitados de retornar para suas casas, e a situação humanitária na região continua crítica, com cidadãos detidos em prisões israelenses e reportagens sobre ataques aéreos em diferentes localidades.

O presidente ressaltou que o Líbano tem se mantido em diálogo com potências influentes, incluindo os EUA e a União Europeia, além de estados árabes, para estabilizar a situação na fronteira. Ele indicou que, embora as negociações sejam difíceis e muitas vezes acompanhadas de demandas elevadas, o engajamento diplomático está avançando na direção de “conclusões positivas”.

Entretanto, o cenário não é totalmente pacífico. Na mesma data, um membro do Hezbollah foi morto em um ataque aéreo israelense no sul do Líbano, aumentando as preocupações sobre a intensidade das operações militares em andamento. Ação confirmada pelo Ministério da Saúde do Líbano, que identificou a vítima como Mohammad Alaa Al-Din, um combatente do Hezbollah. Em resposta, o Exército de Israel destacou que o ataque tinha como objetivo indivíduos envolvidos na reestruturação da infraestrutura militar do grupo na área.

A atividade aérea israelense também aumentou nas últimas semanas, com relatórios indicando movimentos incessantes de aviões de guerra sobre Baalbek e operações noturnas de drones em vilarejos ao longo da fronteira. Apesar do cessar-fogo mediado em 2024, a tensão permanece, com Israel realizando operações cautelosas na região, alegando que suas ações visam neutralizar potenciais ameaças do Hezbollah. Assim, enquanto o presidente Aoun busca um clima de paz, a realidade no terreno parece exigir uma vigilância constante e um compromisso contínuo com o diálogo e a diplomacia.