LEVANTAMENTO – TJ de Alagoas tem orçamento de R$ 840 milhões em 2025, mas figura entre os menos eficientes do país – com Jornal Rede Repórter

O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) conta, em 2025, com um orçamento que ultrapassa R$ 840 milhões, representando um aumento de aproximadamente 25% em relação ao ano anterior. Apesar do crescimento expressivo dos recursos, o desempenho do órgão continua entre os piores do país em eficiência e produtividade.

Segundo o relatório Justiça em Números, divulgado recentemente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o índice de eficiência do TJ/AL é de apenas 50%. O tribunal aparece entre os três menos eficientes do Brasil, atrás apenas do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ/MG), com 42%, e empatado com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ/PE).

O levantamento, que utiliza o Índice de Produtividade Comparada da Justiça (IPC-Jus) — indicador que varia de 0 a 100% —, compara a eficiência dos órgãos do Poder Judiciário em todo o país. Em Alagoas, os resultados mostram baixo aproveitamento total e altos índices de congestionamento processual.

De acordo com o CNJ, o TJ/AL registra uma taxa total de congestionamento de 52,4%, o que significa que mais da metade dos processos que tramitaram ao longo de um ano permanecem sem solução. Na 1ª instância, a situação é ainda mais crítica: a taxa de congestionamento chega a 67%, colocando o tribunal entre os cinco com pior desempenho nacional — atrás apenas dos TJs de Minas Gerais e Espírito Santo, e empatado com os de Rio Grande do Sul e São Paulo.

Outro dado preocupante é o índice de conciliação, que mede o percentual de processos solucionados por meio de acordos. A média nacional é de 9,5%, mas o TJ/AL registra apenas 6,7%, o segundo menor índice do Brasil, à frente apenas do TJ de São Paulo (5,9%).

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