Conforme as estatísticas apontam, as mulheres têm recorrido a serviços de “aluguel de maridos”, uma prática que, embora inusitada, se tornou cada vez mais comum. Essas contratações oferecem assistência com tarefas do dia a dia, como reparos elétricos, encanamento e outras manutenções, tudo sem a expectativa de um romance ou flerte. Esse boom em plataformas que disponibilizam “homens com mãos de ouro” reflete uma necessidade prática, mas também uma resposta à falta de oportunidades de interação social.
Dania, uma das mulheres que trabalha em festivais, expõe a realidade vivida por muitas: sua equipe é composta em sua maioria por mulheres, levando-a a perceber a falta de homens nos círculos sociais. Ela expressou uma melancólica constatação sobre o desequilíbrio, enfatizando que suas amigas buscam relacionamentos fora do país. Essa busca por conexões além das fronteiras não é apenas uma tentativa de aliviar a solidão; é uma resposta direta à escassez local.
Ademais, especialistas apontam que a diferença acentuada entre os sexos pode ser explicada, em parte, pela expectativa de vida e escolhas de saúde entre os homens, que estão mais suscetíveis a problemas como tabagismo e obesidade. Essas questões de saúde têm um impacto direto não só na demografia, mas também nas relações sociais e nas oportunidades de relacionamentos.
O fenômeno em questão revela muito mais do que a simples escassez de homens; ele mergulha em discussões sobre a modernidade das dinâmicas de gênero e as adaptabilidades das mulheres frente a desafios demográficos. Enquanto a Letônia lida com essa realidade, a evolução social do país poderá abrir novas portas para o entendimento das relações de gênero no futuro.
