No entanto, a implementação do tratamento no Brasil enfrenta desafios devido às negociações da farmacêutica para reduzir os custos, que atualmente são estimados em cerca de R$ 200 mil por paciente ao ano. Durante um encontro realizado em setembro de 2024 entre representantes da Gilead Sciences Brasil e o presidente-diretor da Anvisa, Antônio Barra Torres, o médico Pedro André Batista Abrahão ressaltou que, com o uso do lenacapavir, São Paulo poderia conter a epidemia em um prazo de três a quatro anos.
A perspectiva de São Paulo se tornar um exemplo no controle da epidemia de Aids gerou otimismo entre os especialistas do setor. A possibilidade de reduzir drasticamente o número de casos da doença na cidade é vista como um marco importante na luta contra o HIV.
No entanto, é importante ressaltar que a distribuição ampla do lenacapavir requer não apenas a negociação de preços mais acessíveis, mas também a garantia de que o medicamento chegue às populações mais vulneráveis. A implementação de políticas públicas eficazes e a conscientização da população sobre a importância do tratamento também são fatores fundamentais para o sucesso no controle da epidemia.
Diante desse cenário, é fundamental que as autoridades de saúde e as empresas farmacêuticas trabalhem em conjunto para garantir o acesso equitativo e eficaz ao lenacapavir, visando não apenas controlar a epidemia de Aids em São Paulo, mas também em todo o país.