Empresário tem passaporte da Alemanha e pode seguir para o país, segundo a PF
A assessoria de imprensa do BKA (Bundeskriminal Amt), que abriga o escritório da Interpol na Alemanha, não tinha até a tarde desta quinta-feira informações sobre o paradeiro do empresário Eike Batista, um dos principais alvos da operação Eficiência — sobre esquema de desvio e lavagem de dinheiro de contratos do governo do Estado do Rio na gestão do ex-governador Sérgio Cabral. Mas mesmo que o localize, o BKA não tomaria nenhuma providência em extraditá-lo para o Brasil, o que é proibido pela lei alemã.
O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, determinou a inclusão do nome do empresário na lista “difusão vermelha” da Interpol, que reúne pessoas foragidas da Justiça.
Um dos contatos antigos de Eike na Europa, o publicitário e escritor Michael Kanofsky, de Berlim, lembra que o brasileiro já era ambicioso no tempo de escola quando era ainda adolescente.
— Quem viu Eike já naquela época, não fica admirado de ele ter se tornado um empresário famoso — diz.
Os dois estudaram juntos na renomada Escola Internacional Alemã de Bruxelas. Kanofsky ainda tem uma foto que tirou do brasileiro durante uma viagem da sua classe escolar à Noruega, nos anos 70.
Mas no final dos anos 70 os caminhos dos dois amigos tomaram rumos diferentes. Eike começou a estudar siderurgia na Universidade de Aachen, enquanto que Kanofsky resolveu estudar publicidade e comunicação.
o globo
26/01/2017
