Os exames indicaram que Juliana apresentava ferimentos na cabeça, peito, coluna e coxas, além de múltiplas escoriações. Os médicos que realizaram a autópsia descartaram a possibilidade de hipotermia, uma vez que seu corpo não apresentava os típicos sinais dessa condição. A causa mais provável da morte foi identificada como hemorragia interna resultante de um forte impacto nas costas, com os legistas afirmando que ela pode ter falecido cerca de 20 minutos após essa lesão.
As circunstâncias que cercam o acidente são preocupantes. Juliana foi vista em três diferentes locais no penhasco durante as tentativas de resgate. No sábado pela manhã, turistas espanhóis filmaram Juliana a cerca de 300 metros da trilha, movendo-se, mas, dois dias depois, um drone localizado com tecnologia térmica encontrou seu corpo já imóvel a 600 metros do local da queda. As dificuldades enfrentadas pela equipe de resgate, inclusive a insuficiência da corda utilizada, complicaram ainda mais a operação.
Paralelamente, o governo brasileiro decidiu modificar um decreto que anteriormente impedia o custeio de traslados de cidadãos falecidos no exterior, permitindo agora que essas despesas sejam cobertas, principalmente em casos que geram comoção pública ou para famílias em dificuldades financeiras. O Itamaraty informou que a verba já foi alocada na Embaixada do Brasil em Jacarta, e a Prefeitura de Niterói também se comprometeu a ajudar a família com os custos de transporte do corpo.
O pai de Juliana, Manoel Marins, que se encontra em Bali, expressou sua dor por meio de mensagens emocionadas, revelando que não recebeu informações sobre a autópsia diretamente, mas através da mídia. Seu lamento evidencia não apenas a perda de sua filha, mas também a busca por um fechamento em meio ao luto imensurável.