Leão critica presença de treinadores estrangeiros em evento com Ancelotti e assume responsabilidade pela “invasão” de profissionais no futebol brasileiro.

No dia de ontem, a sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) foi palco do 2º Fórum Brasileiro dos Treinadores de Futebol, um evento que destacou a presença do renomado técnico Carlo Ancelotti, atual comandante da seleção brasileira. Durante o evento, Ancelotti foi agraciado com uma placa em homenagem ao seu trabalho, mas não deixou de ser alvo de uma polêmica quando o ex-treinador Emerson Leão fez um desabafo contundente sobre a crescente presença de técnicos estrangeiros no futebol brasileiro.

Leão, ator de destaque na história do futebol nacional, tanto como jogador — tendo sido campeão do mundo em 1970 — quanto como treinador, expressou sua insatisfação em relação à “invasão” de profissionais não brasileiros. Ele declarou, de forma enfática, que não é favorável à presença de treinadores estrangeiros em seu país, apontando que essa situação é, em parte, resultado de falhas dos próprios técnicos brasileiros. Em uma declaração significativa, Leão afirmou que é preciso reconhecer a responsabilidade da categoria na questão, algo que, segundo ele, não costuma ser admitido.

O ex-treinador não hesitou em revelar suas opiniões passadas, reforçando que sua posição permanece firme, embora ele tenha tentado suavizar seu discurso ao reconhecer que mudanças no cenário são necessárias. Ao longo de sua fala, Leão não se dirigiu diretamente a Ancelotti, exceto ao final, quando desejou boa sorte ao treinador italiano, ressaltando a importância de apoiar a nova geração de técnicos brasileiros.

Oswaldo de Oliveira, outro nome respeitado no meio, seguiu a linha de pensamento de Leão, mas adotou um tom mais conciliador. Ele elogiou Ancelotti, destacando sua trajetória vitoriosa e o respeito que conquistou no futebol internacional, mencionando uma experiência pessoal que teve ao compartilhar um momento com o técnico italiano no Japão durante a final do Mundial em 2007.

Ao finalizar seu discurso, Oswaldo expressou esperança de que, após a próxima Copa do Mundo, um técnico brasileiro retorne ao comando da seleção, almejando um futuro otimista para a Federação Brasileira de Treinadores e um cenário em que profissionais do país sejam os protagonistas nos clubes e na seleção.

O evento não só celebrou a contribuição de Ancelotti, mas também levantou questões importantes sobre a identidade e o futuro dos treinadores brasileiros no futebol nacional.

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