Lavrov também comparou as administrações dos ex-presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden e Donald Trump, fazendo uma análise das diretrizes políticas de cada um. De acordo com o chanceler, Biden adotou uma postura hostil em relação à Rússia, o que se tornou evidente durante uma conversa recente do presidente norte-americano com o presidente brasileiro, Lula da Silva, na qual Biden expressou a necessidade de tomar medidas rigorosas contra Moscou. Isso evidencia uma linha de ação que, segundo Lavrov, foi reforçada pelas relaçõesofensivas estabelecidas nos últimos anos.
Por outro lado, Lavrov elogiou a abordagem de Donald Trump, afirmando que a atual administração, sob sua perspectiva, é mais propensa ao diálogo e a negociações construtivas com outros países. Essa mudança nas dinâmicas de comunicação diplomática, conforme o chanceler russo, poderia abrir novas possibilidades de conversação para resolver tensões internacionais.
Além disso, Lavrov tocou em questões amplas que vão além das relações com os Estados Unidos. Ele criticou a política econômica existente, sugerindo que os acordos comerciais entre os EUA e a União Europeia podem levar a uma desindustrialização em massa da Europa. O chanceler também se manifestou sobre o conflito na Ucrânia, que ele descreveu como uma tentativa ocidental de garantir a derrota estratégica da Rússia.
Com a oferta de diálogo ainda em mãos, Lavrov reiterou que a Rússia está aberta a manter conversações com qualquer nação, incluindo estados europeus, em busca de soluções pacíficas. A situação geopolítica complexa que a Rússia enfrenta atualmente, segundo Lavrov, exige cautela e uma postura firme, uma vez que o que está em jogo são não apenas interesses nacionais, mas a própria imagem do país perante o mundo.